PIB tem 2ª queda no ano

A economia brasileira teve a segunda queda consecutiva; houve aumento em relação ao primeiro trimestre


As previsões e principalmente, os resultados atuais para a economia brasileira não são nenhum pouco agradáveis.  Nesse trimestre, a economia encolheu 0,6%, na comparação com os três meses anteriores. Os dados foram divulgados hoje, dia 29 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No primeiro trimestre de 2014 houve uma redução de 0,2% da economia, isso após a revisão dos cálculos que apontavam um crescimento de 0,2%. Há a chamada recessão técnica, sendo registrada aqui no Brasil pela última vez no último trimestre de 2008 e primeiro trimestre de 2009, ao longo da crise mundial.
Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre deste ano chegou aos R$ 1,27 trilhões. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve como um parâmetro para medir a evolução econômica. O cálculo é realizado tanto por meio da produção de riquezas quanto dos gastos - os dois valores são iguais.
Nesse ano houve um recuo de 5,3% noa investimentos e de 1,5 na indústria. Segundo a análise de economistas, vários fatores influenciaram, sendo os principais a Copa e a crise na indústria.
Segundo Rebeca de La Rocque Palis, gerente de Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, ''A principal causa foi a queda dos investimentos. Já tem algum tempo que eles estão caindo, mas a queda foi forte nesse trimestre'', afirma.

Recessão técnica
A recessão técnica é caracterizada pela possibilidade da recuperação a curto prazo. Não é uma recessão tão profunda, com falência de empresas e desemprego.
Após a divulgação do PIB, o ministro da Economia Guido Mantega fez um discurso otimista: ''Para mim, é uma parada prolongada. Estamos falando de dois trimestres, e sabemos que a economia está em movimento. Recessão é quando se tem desemprego aumentado e a renda caindo, aqui nós temos o contrário''.
Gastos do Governo e Recuo nos Investimentos
A baixa no PIB deve-se em grande parte à queda de 5,3% de investimentos somente nesse semestre. Em comparação ao mesmo período de 2013, a baixa chega a faixa de 11,2%.
''O destaque negativo são realmente os investimentos, que já tem quatro trimestres seguidos com taxas negativas e a taxa mais negativa ocorreu nesse semestre'' afirma Rebeca. ''O menos resultado antes desse foi no primeiro trimestre de 2009, quando os investimentos caíram 11,8%.
A queda forte é influenciada principalmente por outros componentes de investimento, como a construção civil e a produção de máquinas e equipamentos.
Os gastos com o governo tiveram um decréscimo de 0,7% em relação ao primeiro trimestre do ano.
Previsão Final
Para 2014, a previsão dos economistas é de alta de 0,7%, sendo divulgado por meio de um boletim do Banco Central.
Já a ´revisão do governo é bem mais otimista, com um crescimento de 1,8%, segundo avaliação divulgada em julho. A avaliação foi revista, já a previsão inicial seria semelhante a 2013, com alta de 2,5%
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3 comentários:

Unknown disse...

Essa "Recessão Técnica" é apenas um termo para tentar amenizar a real situação, os termômetros da economia são os setores automobilísticos e a construção civil, as montadoras já estão demitindo, a construção civil já está entrando no mesmo clima, o consumo caiu, a inadimplência está no auge, e, isso é pura recessão, só tende a ficar pior.
Abraço!

humberto disse...

Também acho Aurélio. Acho que o problema é maior do que o governo fala.

humberto disse...

E um ano depois... Rsrsrs