Após a confirmação da condenação do ex-presidente Lula
pelo TRF4, a defesa do réu apresentou junto ao STJ Habeas Corpus preventivo,
temendo expedição de eventual mandado de prisão.
Ante tal assunto, é inevitável retornar à discussão da
prisão em segunda instância. Sendo figura de grande publicidade, uma possível
prisão de Lula causaria grande fervor, tanto por parte da oposição quanto por
parte da esquerda.
Fato é que tal matéria já foi decidida pelo STF em
2016, sendo a posição adotada a de que é possível o início do cumprimento da
pena a partir da segunda instância, o que ocorreu no caso de Lula. Logo, a
prisão do ex-presidente é algo extremamente provável, se tomarmos como posição
as correntes adotadas pelo STF, STJ e pelo próprio TRF no âmbito dos processos
da Lava-jato.
O texto constitucional, por outro lado, fala que "LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;" sendo esta uma das teses de defesa de Lula.
Em um jantar acontecido na noite do dia 29 de janeiro,
a presidente do STF, quando perguntada sobre o assunto, foi clara no sentido de
que a matéria, somente em razão da condenação do ex-presidente, não voltará à
pauta de votação. Segunda ela, tal fato seria "apequenar o supremo".
O julgamento do HC impetrado pode, por ora, impedir
que a prisão ocorra, até o julgamento pelo colegiado. No entanto, o entendimento da
Suprema Corte deve prevalecer nesta matéria.
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